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Corporate Real Estate, Facilities e Workplace Experience: como alinhar três mundos para o futuro do trabalho

  • Lucas Nini
  • 1 de set.
  • 4 min de leitura

O ambiente corporativo mudou de forma irreversível nos últimos anos. O modelo híbrido, a busca por eficiência de custos, as metas ESG e a necessidade de engajar colaboradores transformaram a forma como empresas planejam e gerenciam seus espaços. Nesse cenário, três áreas estratégicas assumem protagonismo: Corporate Real Estate (CRE), Facilities Management (FM) e Workplace Experience (WX).


Cada uma delas possui prioridades e métricas próprias, mas todas compartilham um desafio em comum: como criar ambientes de trabalho inteligentes, eficientes e centrados nas pessoas.


Neste artigo, vamos explorar o papel de cada uma dessas áreas, suas interconexões e como a convergência entre elas está moldando o futuro do trabalho.


O papel do Corporate Real Estate (CRE)


O Corporate Real Estate é a área responsável pela gestão estratégica do portfólio imobiliário corporativo. Seu objetivo principal é otimizar custos e maximizar o valor dos ativos.


Entre os maiores desafios de CRE estão:

  • Reduzir custos de ocupação por metro quadrado.

  • Equilibrar a necessidade de espaços físicos com modelos híbridos de trabalho.

  • Avaliar quando consolidar, expandir ou reduzir escritórios.

  • Tomar decisões embasadas em dados confiáveis de utilização.


Na prática, CRE precisa responder a perguntas críticas como: “Estamos pagando por mais espaço do que realmente precisamos?” ou “Como justificar a renovação de um contrato em um prédio que está apenas 60% ocupado?”. Aqui, os dados de ocupação em tempo real ganham papel central. Eles permitem não apenas renegociar contratos, mas também projetar estratégias de longo prazo, avaliar fusões de escritórios e identificar oportunidades de sublocação ou downsizing.


Assim, CRE não se limita à negociação de contratos, mas se torna um pilar estratégico-financeiro, com impacto direto no resultado da empresa.


O papel do Facilities Management (FM)


Já o Facilities Management está no centro da operação e manutenção do ambiente físico. É a área que garante que prédios, salas e serviços estejam funcionando de forma eficiente, segura e sustentável.


Seus principais objetivos incluem:

  • Reduzir custos operacionais de manutenção e energia.

  • Garantir compliance e segurança em toda a operação.

  • Implementar práticas de sustentabilidade e ESG.

  • Usar tecnologia para prever demandas e otimizar recursos.


FM é, muitas vezes, a área mais invisível quando tudo está funcionando bem, mas a primeira a ser cobrada quando algo falha. Seu impacto vai desde a qualidade do ar que circula nos escritórios até o tempo de resposta em manutenções críticas.


Com dados precisos de uso real, FM pode, por exemplo, desligar automaticamente a climatização em salas vazias, acionar limpeza somente em áreas que foram utilizadas e prever falhas em equipamentos antes que ocorram. Essa transformação do modelo reativo para o preditivo coloca FM como protagonista de uma operação mais eficiente, sustentável e alinhada a metas ESG.


O papel do Workplace Experience (WX)


Por fim, o Workplace Experience foca em pessoas e cultura. Essa área tem como missão criar ambientes que promovam engajamento, bem-estar e produtividade.


As prioridades de WX incluem:

  • Atrair colaboradores de volta ao escritório em modelos híbridos e até 100% presenciais.

  • Proporcionar experiências fluidas no acesso e na utilização dos espaços.

  • Criar ambientes colaborativos que fortaleçam a cultura organizacional.

  • Medir continuamente a satisfação e engajamento dos times.


No mundo pós-pandemia, muitas empresas perceberam que não basta abrir as portas do escritório para garantir a presença dos colaboradores. O retorno só acontece quando o espaço oferece algo que o home office não consegue entregar: conexão humana, experiências intuitivas e ambientes que estimulam a colaboração.

WX, portanto, não é apenas sobre design de interiores, mas sobre desenhar jornadas de experiência. Isso envolve desde reservar uma sala de reunião sem fricção até ter acesso fácil via Face ID ou QR Code. Mais do que um espaço físico, o workplace passa a ser uma extensão da cultura da empresa.


O ponto de convergência


Apesar das diferenças de foco, CRE, FM e WX não podem ser vistos isoladamente. Eles formam um ecossistema interdependente:

  • CRE precisa de dados para justificar decisões estratégicas.

  • FM precisa de visibilidade para operar com eficiência.

  • WX precisa de fluidez e tecnologia para oferecer experiências positivas.


O verdadeiro valor surge quando esses três mundos se conectam. Imagine uma decisão de Corporate Real Estate de reduzir 20% da área de um escritório: sem dados confiáveis de FM sobre custos e de WX sobre adesão dos colaboradores, essa decisão poderia ser equivocada.


Da mesma forma, uma iniciativa de Workplace Experience para redesenhar espaços colaborativos depende do suporte de Facilities para criar ambientes sustentáveis e do aval de CRE para justificar os investimentos.


É nesse ponto de convergência que surgem os workplaces data-driven, onde decisões são tomadas com base em evidências concretas e em benefício do todo.


O futuro do trabalho é data-driven


O futuro do trabalho depende da capacidade das empresas de alinhar estratégia imobiliária, operação predial e experiência humana. E isso só é possível com informações em tempo real, integração tecnológica e foco nas pessoas.


O espaço corporativo deixa de ser apenas um custo fixo e passa a ser um ativo estratégico, capaz de gerar valor tangível em três dimensões:

  • Financeira: decisões mais inteligentes sobre ocupação e portfólio.

  • Operacional: redução de desperdícios e maior eficiência.

  • Humana: engajamento e bem-estar que fortalecem cultura e produtividade.


Conclusão


O mundo corporativo vive uma transformação que exige colaboração entre Corporate Real Estate, Facilities e Workplace Experience. Mais do que nunca, essas áreas precisam trabalhar em conjunto, guiadas por dados e tecnologia, para criar espaços inteligentes, eficientes e que conectem pessoas.


Na Skedway, acreditamos que o futuro do trabalho é construído com inteligência, integração e foco nas pessoas. Nossa missão é ser a ponte entre eficiência imobiliária, excelência operacional e experiência humana — ajudando empresas a transformar seus escritórios em ativos estratégicos.


Para nós, esse não é apenas um desafio do mercado, mas também uma oportunidade de inspirar nosso time, parceiros e clientes a enxergarem o workplace como um motor de valor, inovação e conexão.





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