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Como será o futuro do trabalho pós pandemia no Brasil?

A pandemia mudou o cenário brasileiro em diversos aspectos: trabalho, hábitos, valores, tecnologia, entre tantos outros. Em relação ao trabalho, as mudanças ocorridas ao comparar o período anterior e durante a pandemia são bem diferentes. Mas e o pós pandemia?

Para entender de forma concisa esse cenário, trouxemos nesse conteúdo diversas pesquisas sobre o futuro do trabalho pós pandemia. 

O trabalho e a pandemia

Para abordar esse tema, precisamos entender o impacto da pandemia em todo o contexto, considerando como era antes e como foi durante os picos da pandemia. Nesse sentido, para criar períodos mais definidos, vamos considerar que a pandemia tenha iniciado em 2020 e perdurado até 2021, quando as medidas de isolamento começaram a ser mais flexíveis devido à vacinação. 

Antes da pandemia

Nos anos anteriores à pandemia, ou seja, até 2019, o cenário era muito diferente no mundo do trabalho. A maioria das empresas adotavam o modelo presencial, enquanto que algumas poucas experimentavam o trabalho remoto e híbrido. Conforme a pesquisa da Citrix realizada no Brasil, intitulada “O trabalhador digital”, realizada em 2019, cerca de 31,97% das empresas permitiam o trabalho home office.

Durante a pandemia

Com o início da pandemia, para manter o isolamento social, muitas empresas que tinham a possibilidade de trabalhar à distância e não eram dos setores essenciais foram incentivadas a permitir o trabalho remoto. Segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise covid-19, elaborado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) no Brasil, o home office foi adotado por 46% das empresas nesse período. 

Além disso, é importante destacar como muitas empresas precisam se adaptar a esse novo modelo de forma repentina, tanto em questão tecnológica, quanto trabalhista. 

Após a pandemia

E agora, como será o futuro do trabalho pós pandemia? Para responder a essa pergunta, separamos alguns dados mais detalhados no próximo item deste conteúdo. De forma geral, a pandemia possibilitou avanço tecnológico, novas formas de trabalho (o modelo híbrido é o mais escolhido conforme as pesquisas) e redução dos espaços de trabalho. 

O futuro do trabalho pós pandemia

Ao falar de trabalho  em um cenário pós isolamento social ocasionado pelo novo Coronavírus, o mercado de trabalho também tem seu impacto. A fim de entender todo esse cenário, separamos em alguns pilares:

Modelo de trabalho 

Com a expansão do trabalho remoto durante a pandemia, esse modelo ganhou bastante destaque, o que fez com que muitos colaboradores e empresas não quisessem retornar ao escritório presencialmente. Porém, o modelo que tem ganho mais destaque é o trabalho híbrido, pois funciona como um meio termo: reúne a produtividade do remoto e a socialização do presencial. Segundo a pesquisa da Microsoft “Grandes Expectativas: permitindo que o trabalho híbrido funcione”, divulgada este ano, 57% dos colaboradores que hoje atuam remotamente preferem a transição para o trabalho híbrido.

Para comparar com outro período, o estudo  “Novas Formas de Trabalho: Tendências Pós-Pandemia” realizado pela da Great Place To Work (GPTW) em 2020 sobre as preferências de trabalho, a maioria dos trabalhadores afirmaram preferir o modelo híbrido – 64,7%. Enquanto que o trabalho totalmente remoto teve preferência por 37,1% e o totalmente físico em 16,4% dos colaboradores entrevistados. Isso mostra que a preferência dos colaboradores vem se mantendo a mesma desde 2020. 

Além disso, outra informação importante é em relação à efetividade do modelo de trabalho. Algumas atividades podem ser feitas remotamente e outras não; assim como as que podem ser feitas remotamente podem ser melhor executadas presencialmente e vice-versa. Essa conclusão foi realizada pelo estudo O futuro do trabalho pós Covid-19 pela Mckinsey. 

“Descobrimos que há determinados tipos de trabalho que, embora tecnicamente possam ser feitos de forma remota, são melhores se feitos pessoalmente. Negociações, decisões críticas de negócios, sessões de brainstorming, sessões de feedback sensível e integração de novos funcionários são exemplos de atividades que podem perder parte de sua eficácia quando realizados remotamente.”

Fonte: Relatório O futuro do trabalho pós Covid-19 pela Mckinsey. 

Avanço da tecnologia 

Em nosso dia a dia, percebemos o quanto a tecnologia vem evoluindo rapidamente. Com a pandemia e as mudanças que precisamos estabelecer no período, como por exemplo a adoção do modelo remoto, esse avanço foi ainda mais acelerado. Alguns pesquisadores indicam que esse avanço acelerou em até 10 anos. 

Em 2020, no auge da pandemia, boa parte das empresas estavam investindo em tecnologia. Segundo a mesma pesquisa da McKinsey, dois terços dos 800 executivos seniores entrevistados estavam investindo em automação e inteligência artificial de maneira moderada ou significativa. 

Redução dos espaços de trabalho

A pandemia também influenciou na redução dos escritórios – muitos reduziram o tamanho ou fecharam completamente devido aos modelos de trabalho adotados. Conforme a mesma pesquisa da McKinsey, em agosto de 2020, os executivos entrevistados haviam afirmado o desejo de reduzir os espaços voltados a escritórios em 30%. 

Conforme o nosso relatório “A Consolidação do Trabalho Híbrido em 2022”, no qual avaliamos os dados de uso da nossa plataforma de gestão do espaço, essa redução aconteceu em média 40%. Para conferir o relatório completo, acesse aqui. 

Mudança de ocupação de trabalho 

Todo esse cenário, aliado ao avanço tecnológico, também contribuiu para a necessidade de mudança de ocupação de algumas funções.

Conforme a pesquisa da McKinsey, cerca de 1 em cada 16 colaboradores terão que migrar de ocupação até 2030. 

“Isso representa um aumento de 12% em relação ao que havíamos estimado antes da pandemia, podendo chegar a 25% nas economias avançadas“

Fonte: Relatório O futuro do trabalho pós Covid-19 pela McKinsey. 

Além disso, a pesquisa também aponta a necessidade de novas habilidades pelos profissionais. 

Tendências em outros países

Uma tendência forte que ocorre em outros países é em relação a adoção do modelo híbrido de trabalho. Conforme a pesquisa “Moldando um futuro de trabalho melhor“, realizada em 17 países, incluindo o Brasil, pela Zurich e Universidade de Oxford, o futuro é o redesenho dos escritórios pensados em colaboração e mais silenciosos, aliado ao modelo híbrido de trabalho. 

Além disso, o estudo também um dos pontos levantados foi o dever das empresas em cuidarem ainda mais dos funcionários. Aliado a isso, a novidade mais recente é sobre o teste que está sendo realizado no Reino Unido com apenas quatro dias de trabalho na semana. Esse teste quer medir a efetividade da produtividade em uma jornada menor e o objetivo é promover mais qualidade de vida e bem-estar para os colaboradores, gerando mais equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. 

Analisando todo esse cenário, percebemos que a tendência do futuro do trabalho pós pandemia será mais tecnológica e com novas formas de trabalho, dando destaque na preferência pelo modelo híbrido. 

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